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Seminário da Semae reforça importância de governança integrada entre instituições nas estratégias de adaptação às mudanças climáticas

A importância de estratégias integradas entre os poderes público e privado e fortalecimento de ações para a gestão do enfrentamento às mudanças climáticas no estado esteve no foco das palestras abordadas no II Seminário Catarinense de Adaptação às Mudanças Climáticas. O evento ocorreu na última quinta-feira, 1º de outubro, na sede da da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (Granfpolis) e foi liderado pela gerência de Clima e Energia da Secretaria do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae), em cooperação com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Instituto de Mudanças Climáticas e do Laboratório de Climatologia Aplicada (LabClima).

Com o tema ‘Ciência e Governança’, o encontro contou com uma Mesa de Abertura composta secretário da Semae, Emerson Stein; diretora de Clima, Economia Verde, Energia e Qualidade Ambiental, Gabriela Brasil; secretário de Meio Ambiente de Florianópolis, Alexandre Waltrick Rates; Lincoln Muniz Alves, coordenador geral do Departamento de Políticas para Adaptação e Resiliência à Mudança do Clima (DPAR) do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); e pelo doutor, professor e coordenador do curso de Geografia da UFSC, Lindberg Nascimento. Na sequência, o pesquisador em hidrologia e recursos hídricos da UFSC, Pedro Luiz Borges Chaffe, abordou o tema ‘Impactos das Mudanças Climáticas em SC – O papel central da água’ na palestra de abertura do seminário.

“Este espaço representa muito mais do que um encontro: ele simboliza a união necessária entre ciência, gestão pública e sociedade civil. Tivemos a oportunidade de compartilhar experiências, apresentar estudos de caso, difundir tecnologias e metodologias inovadoras, e, sobretudo, construir de forma coletiva diretrizes e estratégias de adaptação. Somente com esse diálogo aberto e colaborativo seremos capazes de enfrentar os desafios climáticos e garantir um futuro mais sustentável, resiliente e seguro para todos os catarinenses”, destaca o secretário da Semae, Emerson Stein.

Em seguida, os participantes puderam acompanhar o Painel 1: Ciência, Cidades e Justiça Climática, com moderação de Lindberg Nascimento Júnior e palestras de Sávio Túlio Oselieri Raeder, do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI); Gabriela Borges da Silva da UnoChapecó e Stephani Gaeta Sanches, promotora do Ministério Público de Santa Catarina. Na temática os painelistas abordaram o papel da inovação e dados para análise do risco climático, criação de planos diretores e estratégias de adaptação e atuação do Ministério Público na defesa do meio ambiente.

No Painel 2: Planos de Adaptação Integrados: do Nacional ao Local, a moderação foi feita por Gilson Zimmermann, do Movimento ODS/SC. Contribuíram com o tema, Lincoln Muniz Alves, do MMA; Francisco da Veiga Lima da GIZ; Cibele Carneiro, do ICLEI – América do Sul; e Thays Saretta Sulzbach, consultora do Eixo de Sustentabilidade do Sebrae SC. Os painelistas ampliaram as discussões, pontuando sobre projetos nacionais de adaptação às mudanças climáticas,estratégias de fomento ao desenvolvimento sustentável de baixo carbono e resiliência pelos governos e programa Cidade Empreendedora, que aborda Resiliência Climática e Sustentabilidade em seu escopo.

No Painel 3: Ações e Financiamentos em Adaptação, moderado pelo secretário Adjunto da Semae, Guilherme Dallacosta, as palestras foram ministradas por Clodine Ribeiro Alves, da Secretaria de Planejamento de Santa Catarina; Edinei Coser, da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina; e João Paulo Kleinubing, Diretor Financeiro do BRDE. Os painelistas trouxeram temas ligados aos desafios do planejamento urbano e territorial integrados, a importância de plataformas de dados atuais e confiáveis, ações de infraestrutura que incorporam o gerenciamento de risco e a resiliência climática às obras estaduais, assim como linhas de crédito e estratégias financeiras disponíveis para programas e projetos para implementação das políticas e ações de adaptação.

“Diante da emergência climática que desafia o nosso tempo, reunir experiências, compartilhar saberes e pensar de forma integrada se torna essencial para fortalecer a gestão pública em Santa Catarina. Ao reunir ciência, gestão e sociedade, estamos dando um passo decisivo para que o enfrentamento das mudanças climáticas seja, de fato, construído de forma colaborativa, inovadora e com o compromisso de garantir um futuro mais resiliente para todos”, comenta a diretora de Clima, Economia Verde, Energia e Qualidade Ambiental, Gabriela Brasil.

AdaptaCidades em Santa Catarina

O II Seminário Catarinense de Mudanças Climáticas em Santa Catarina foi palco ainda, do lançamento da iniciativa ‘AdaptaCidades em Santa Catarina’, um programa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), apoiado pela Semae, para elaboração de Planos de Adaptação nos municípios catarinenses. A Iniciativa AdaptaCidades, instituída pela Portaria no 1.256/2024 do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), visa apoiar os municípios brasileiros no desenvolvimento de planos locais de adaptação climática. Ao todo 580 municípios de todo o Brasil foram contemplados. Santa Catarina conta com dez cidades selecionadas para participar da iniciativa, impactando cerca de 1,5 milhões de catarinenses: Chapecó, Jaraguá do Sul, Lages, Tubarão, Camboriú, Concórdia, Criciúma, Xaxim, Araranguá e Itajaí.

“O Seminário reforçou que o enfrentamento à emergência climática exige mais do que consciência: demanda troca de saberes, ação integrada e inovação. Ao aproximar ciência, gestão pública e sociedade, criamos pontes para transformar conhecimento em políticas e projetos que fortalecem a resiliência dos municípios catarinenses. Essa construção coletiva é o caminho para garantir um futuro sustentável e seguro para todos os catarinenses”, finaliza a gerente de Clima e Energia da Semae, Cristiane Casini Bitencourt.

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