Semae e MPSC promovem encontro para fortalecer atuação de protetores animais no combate à esporotricose animal
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae), em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), promoveu nesta semana uma conversa online voltada à proteção animal, com foco em esclarecimentos técnicos e jurídicos sobre a esporotricose animal no estado.
O encontro foi conduzido pela promotora de Justiça Simone Cristina Schultz, coordenadora do GEDDA/MPSC, e por Fabrícia Rosa Costa, diretora da Dibea Estadual da Semae. O evento foi realizado de forma conjunta pela Diretoria de Bem-Estar Animal Estadual (Dibea/Semae) e pelo Grupo Especial em Defesa dos Direitos dos Animais (Gedda) do MPSC.
“A esporotricose é uma zoonose que exige resposta integrada. Nosso objetivo é apoiar quem está na linha de frente, levando informação qualificada, segurança jurídica e orientações técnicas para conter o avanço da doença em Santa Catarina”, destacou Fabrícia Rosa Costa, diretora de Bem-Estar Animal da Semae.
Durante o debate, foram abordados temas como o protocolo de atendimento aos casos de esporotricose animal, a notificação às autoridades competentes, as possibilidades de tratamento e a atuação integrada entre os entes públicos e a sociedade civil. A proposta foi alinhar informações, esclarecer dúvidas e fortalecer a articulação institucional para a adequada condução dos casos, garantindo a proteção da saúde pública e animal.
O encontro teve como público prioritário os protetores de animais, que atuam diretamente nas comunidades e desempenham papel fundamental no enfrentamento da doença. A capacitação buscou fortalecer a atuação desses profissionais e entidades, promovendo boas práticas, orientações sobre o manejo adequado dos animais infectados e o trabalho conjunto com o poder público.
“A esporotricose é uma zoonose que demanda resposta técnica, coordenação entre instituições e apoio a quem atua diretamente nas comunidades. Esta ação conjunta entre a Semae e o Ministério Público fortalece a vigilância, orienta a atuação dos protetores e contribui para a proteção da saúde animal e da saúde pública em Santa Catarina”, ressalta o secretário adjunto da Semae, Guilherme Dallacosta.
Em setembro deste ano, a Dibea Estadual já havia reunido mais de 400 profissionais em uma capacitação voltada ao fortalecimento da gestão municipal no enfrentamento da esporotricose. O encontro, que reuniu médicos veterinários, biólogos, profissionais das gerências regionais de Saúde, vigilâncias epidemiológicas municipais, equipes de bem-estar animal, meio ambiente e protetores independentes, foi realizado em conjunto pelas Diretorias Estaduais de Vigilância Epidemiológica e de Bem-Estar Animal e apresentou a Nota Informativa Conjunta nº 011/2025 DIVE/DIBEA SES/SEMAE, que orienta sobre a vigilância e o controle da doença em Santa Catarina.
Sobre a esporotricose
A esporotricose é uma doença causada pelo fungo do gênero Sporothrix, presente no solo, na vegetação e em matéria orgânica em decomposição. Em gatos, manifesta-se principalmente por feridas na pele, sobretudo na face, orelhas e patas, que apresentam dificuldade de cicatrização.
Em humanos, a transmissão ocorre geralmente por contato direto com lesões de animais infectados, arranhões, mordidas ou secreções, sendo o contágio entre pessoas extremamente raro. Os sintomas incluem feridas na pele, principalmente em braços, mãos e rosto, que podem se espalhar pelos vasos linfáticos.
Entre as principais medidas de prevenção estão manter os gatos em ambiente domiciliar, procurar atendimento veterinário ao identificar lesões suspeitas, utilizar luvas ao manusear animais feridos, não abandonar animais doentes e buscar atendimento médico ao menor sinal de lesão após contato com gatos.